domingo, 18 de dezembro de 2011

O bonito em você




Ficava sempre pensando nessa nossa espécie de namoro, algo diferente do nosso jeito, estranho a opiniões alheias, mas nunca me importei demasiado. Somos diferentes mesmo, se fossemos normais talvez não teríamos ao menos uma chance. Tanta gente igual por ai, você ia ser mais um e eu provavelmente não me importaria. O bonito é sua esquisitice mesmo.
Cá estamos nós, nos momentos mais bobos e igualitários dos namoros que rolam por aí. Até comentamos, como quem dizia algum absurdo da vida, ''pensei que não gostaria disso''. Mas foi bom, quer dizer, melhor ainda. Foi gostoso, pegajoso, grudento, bobo, com fala mansa e com besteirinhas caseiras. Achar graça na TV que você nunca passou tempo demais, no quarto que nunca havia se deparado com outra presença. 
Coisas tão distantes da nossa (antiga) realidade. O modo de ver, de pegar, de falar, agora ficou tudo diferente. Tudo mais quente, mais desejado. Com uma graça, um sorriso subentendido que ficou lá desde que você tocou a campainha. E não saiu mais. Nem quando houve a despedida no elevador. Estagnou até hoje, e não tenho mais vergonha de mostrar.
Foi preciso tapa, briga, conflito. Tivemos que quebrar conceitos antigos e até parte do que achávamos ser nós mesmo. Foi necessário odiar seu jeito, pra começar a adorar. E como isso é tão nós. Nada seguido, com manual. Cada um seguindo um caminho estranho, pra tentar fazer certo. Como já disse, se fosse só mais outro qualquer não valeria pena, o bonito é sua estranheza mesmo.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Depois do balanço

Passei minha vida inteira falando que eu estou cansada. De tudo, sempre. E esperando por um futuro melhor, mais na frente vai ser do jeito que eu queria. E não é. Nunca chega nem perto. Quer dizer, chegava. Esse ano foi bem inspirador. Foi o abrir do sol após a tempestade. Não tinha como ser pior.
Depois de fechar pra balança, foram mais ganhos que perdas. Pela primeira vez na vida. Porque nada podia se arruinar, era sempre melhor que passar por aquilo tudo de novo. Perda. Do amor, da fé, da esperança. Parecia até que era outra eu se moldando todinha pra caber menos dor. Perdi mesmo essas tais coisas, mas soube ganhar outra que nunca tive, agradecimento.
Pelos pais que ainda estão por aqui, pelas irmãs que souberam entender o meu jeito complicado, pelas amigas que não abandonam, pelos pequenos lembretes de afeto que foram tão gigantescos pra mim. Agradecimento por recriar a vontade de viver que nunca tive. Sempre tão cansada, sempre dando tudo errado. Bem, sem planejamentos agora. Bom ou ruim, vou tentar saber contornar, e quem sabe até poder sorrir.
E quem saiba aceitar de uma vez por todas que a vida é isso mesmo. Falha, momentos, desejos. Nada mais. É tentar se alegrar no meio tempo. Aprender a se valorizar. Não cultivar relações pretensiosas,  sentimentos ruins, saber apreciar o outro, seus defeitos. Como diria Zeca, "a admirar a beleza, a verdadeira beleza, que põe mesa, e que deita na cama, de quem come, de quem ama, do erro, puro do engano, da imperfeição.''
Essa sou eu, tentando fechar o ano se tornando clichê.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Penso, logo desisto

Sentimento ruim esse de ser deixada pra trás, o último a saber. Ver que todo mundo tá levando a vida, e você... opa, qual o sentido da vida? É, besteiras desse tipo. Quem me dera ser do tipo de escrever textos sobre amor, sexo, arte. Porém meu dilema, e minha destruição até, se resume ao que diabos eu estou fazendo aqui. Pelo meu ver, nada.
Vim sem querer, fico por consideração... mas desejo, paixão, queria tanto. Me sensibilizar com as coisas, com o mundo. Sou racional demais pra isso. Vejo primeiro os prós e os contras, e não movo um passo sem ter certeza, ou pelo menos quase. E como é ruim ter que se decepcionar depois. Uma vida entendiante de uma pessoa entediada que não quer que as coisas mudem, mas precisa. Desesperadamente.
Conversar mais, entender mais, complicar menos. Seria tão fácil se não fosse teoria. Chegar aos 20 e ter medo da vida, do futuro, da morte, dos caminhos de Deus. Ficar estagnada porque o risco é grande demais. Tem uma família toda contando comigo, eu tenho que ao menos não ferrar com tudo. Não magoar o mundo.
Olhar de depressão e tristeza, as vezes sim. Mas ninguém é sempre feliz. No entanto, esse de vez em quando me incomoda mais que um nunca. Porque este é migalha, mendicância. É o motivo medíocre de aguentar a vida como ela é, porque as vezes. Não posso ser assim, ou é tudo ou é nada.
Revolto, apenas, comigo mesma. A grande covarde que me tornei. De como as experiências ruins me moldaram perfeitamente. Não tive personalidade de superar, de me negar aos acontecimentos. Aceitei, consenti e calei. Como vivi esse tempo todo, apenas uma escrava do possível talvez.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cotidiano



Colou o rosto na cama implorando uma folga. Daquela gente, daquele mundo. Queria se livrar ao menos por um dia, ser outra pessoa. Levantou rápido como sempre, devagar não conseguiria, precisava do choque. Caminhou até o banheiro, coçou os olhos e pediu de novo, uma folga por favor. Mas quem ouviria aquela voz roca de manhã com hálito ruim? Limpou o rosto e decidiu que hoje ia ser diferente.
Foi pegar o ônibus no mesmo horário, na mesma pressa, no mesmo atraso. Até ai tudo igual. Olhou para o lado,  não hoje. Resolveu percorrer as ruas com olhares detalhados, estava ali todo dia e nunca tinha visto. Parecia outra cidade. Apesar das pessoas apressadas em todo lugar, se recusava a se tornar alguma delas. É muito deprimente. Olhou para o relógio, não podia se atrasar. Mas não é como sempre quisera, com vontade. Era sempre planejado, obrigado, necessário. Rotina cansa.
Espremeu as pálpebras e percebeu que estava a chegar, atrasado, como previa. Abriu o caderno, olhou as matérias. Levantou, viu aquelas belas casas que nunca tinha se permitido admirar. Aquelas árvores grandiosas cheias de frutos que nunca imaginou estarem ali. Os alunos magros e encolhidos, que apesar de já terem escultado o sinal do colégio, caminhavam lentos e desatentos. Nostalgia. Poder fingir não se importar com mais nada, bancar a rebelde sem causa, a oposição contra o sistema.
Sorrio de como tudo tinha se transformado, da mutação que a vida se obrigou a sofrer. Os horários não flexíveis, os professores rígidos, as matérias difíceis. Queria largar tudo isso, ter uma vida nova, tornar-se um ser humano novinho em folha. Com promessas sem expectativas de decepções, com inocência, esperança e sonhos gigantes. Queria nascer novamente, se pudesse. Ou, ao menos, ir a uma terra distante onde fosse indiferente a todos, e vice versa.
Não hoje. Tirou o passe e entrou dentro do ônibus. É o futuro agora, não dá mais pra adiar. E, no entanto, sorrio para si mesma. Por perceber como o presente consegue ser o mais cruel das realidades. De como conseguiu esmagar todos os sonhos do passado e, ainda, fazê-la escrava almejando o futuro. Se isso for a vida, pensou, então era melhor nem ter conhecido.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Não lá, não cá



Sou uma garota mediana. Não muito boa, não muito ruim. Não muito bonita, nem muito feia. Nem muito inteligente, mas não vivo na ignorância. Nem engraçada, nem séria. Uma espécie de pessoa equilíbrio. E que pode até parecer ser muito vantajoso, mas não é. Ou melhor, não acho. Não ter uma especialidade em que sou muito boa, que me destaco, me sobressaio. Sempre na média, senso comum.
Ao longo do tempo venho sempre me incentivando, tenta mais, luta. Sei lá, não consigo. Não parece ser feito pra mim. Eu tenho o que tenho, e sou o que sou. E me conformo com isso. Se não fosse por julgamentos alheios, e críticas, arrisco dizer que seria um dos seres mais felizes existentes no planeta. Mas temos que encarar a face da sociedade, e se alinhar ao seu conceito. Não que eu ache isso o cúmulo. É necessário ao ser humano, buscar o melhor. Mas não acho necessário pra mim. Sou jeito que sou.
Sou acomodada. Essa é a palavra, e é a verdade. Me acomodei com tudo. Com a vida, com as pessoas, com a personalidade. Sempre procurando um meio ou outro de melhorar, mas sem muitos esforços. Me achava uma completa loser por isso, mas soube aceitar. Não é o primeiro passo pra mudança? Pelo menos é o que dizem. É o que eu tenho a oferecer. Medianidade, acomodação, mais ou menos. Espero que seja o suficiente.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sobre café, flores e amor


Ao contrário do que achei, hoje é um dia normal. A mesma dor, mesma falta, nada diferente. Até passei o mês todo lembrando dessa data, de como as coisas dão um jeito de andar, mas se não olhasse no calendário, não lembraria.
Um ano. Tempo de mudar uma vida, de conhecer novas experiências, trocar de opinião. De surgir nostalgias, saudades, e tamanha falta. Procurar uma nova madrinha pra, opa... mas eu só tinha uma. Não dá pra substituir pessoas, dá pra seguir em frente, aguentar firme, sofrer sorrindo. Típico seu isso, rir dos momentos difíceis.
Ah, como era gostosa sua risada! Sua vontade de cafezinho. É o cheiro que me faz lembrar você. E tinha sua animação, confiança, união... Não teve filhos e foi mãe todos. Até da própria mãe. Nunca esquecia de ninguém! Achava isso um dom natural, amar sem olhar defeitos, sem escolher cara. A matriarca, a soberana, a flor.
Não. Não vou sofrer mais um dia por você ter ido antes de nós. Chega! Vou lembrar todo-santo-dia como foi maravilhoso tê-la na minha vida. Sou melhor com sua presença, apesar de não acha-la suficiente. Obrigada, Margarida. Por nos unir, proteger e amar. Obrigada pela graça que foi e pela lembrança boa que deixou. Obrigada pela flor radiante que me faz brilhar.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Promessas



Já estamos no fim do ano, e bem, muita coisa mudou na minha vida. Algumas que eu desejei que mudasse, outras nem tanto. Mas enfim, reuni toda nostalgia possível que podia pra tentar mesmo mudar as coisas. Ser um eu melhor. Vícios, hábitos, ócios. E tudo que eu sempre considerei uma grande perda de tempo, mas pela falta de vontade nunca fiz muita questão.
Depois começo a pensar se isso tudo faz muito sentido. Não a parte de ser melhor, porque isso é almejado por qualquer um, mas o fato de mudar. Não mudar o estilo, o cabelo, o gosto musical. Mudar o caráter. Deixar de ser mal e virar bem. À minha experiência em colégios cristãos me indicaram que tudo é possível. Um monte de merda. Nem tudo é possível, muito menos fácil. E minha descrença em instituições religiosas se basearam em o que eu acreditei e fui duramente decepcionada, ao longo de tantos anos. Mas Deus tem um plano maior. Acredita quem quer.
Mudar a visão sobre a vida. O jeito de admirar as coisas, as pessoas. E vai que não é impossível, mas mudar quem você é deve ser o trabalho mais árduo que já existiu. Por isso tanta falsidade, hipocrisia, carência. Você não quer ser o que é. Daí duas escolhas: muda ou aceita. Nenhuma é fácil. É uma muito difícil e a outra mais ainda. E a primeira nem sempre é a melhor.
Então o que eu compreendi dessas muitas e tantas besteiras que me faço pensar sobre a existência humana: se é possível mudar, não vale a pena. Escolhemos, claro, ser melhor, bom, dócil, gentil, simpático. Ninguém é, não nessa totalidade ai. Obviamente precisamos de todas pra socializarmos, criar relações. Só não precisamos ser o tempo todo, com todo mundo.
Mas aqui vai uma opinião que é indiscutivelmente minha, eu e meus palavrões somos mais sinceros que muita gentileza por ai. Minha falta de simpatia condiz com o que eu sou, ao contrário de muito sorriso entusiasmado. Minha arrogância deixa bem claro que eu gosto de objetividade, diferente de muita bondade disfarçada. E minha vida, mesmo falhada, viciada ou estagnada, não machuca a ninguém. Não alguém mais que eu.
Então, tirando os problemas de personalidade meio duvidosos, sei respeitar. Não sei ouvir quem eu não quero, não sei ter paciência com quem me faz perder a paciência, não sei socializar, ser simpática ou o escambau. Não sei. Mas sei ficar minha. E sei que devido ao que sou, é o máximo que consigo fazer. Agora mudar isso pra ser prestativa, alegre, fervorosa, amável... bem, não vai ser promessa de virada de ano.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tudo bem


Por mais que eu te empurre, te chute, te xingue. Me abrace. Eu sei que disse que estou bem, mas não estou. Falei que dava um jeito, e dô. Mas se importe, faça questão. Não posso implorar por cuidado e carinho, isso não é de mim. Eu vou estar sempre bem. Só basta saber quando estou mentindo.
Olhe no olho, veja meu sorriso. Algo deve estar errado. Não sou tão boa atriz assim. Não feche a porta na minha cara, não vá embora, não desligue o telefone. Sou eu, querendo o mundo de carinho. Mas não posso pedir. Isso tem que ser gratuito, doado, espotâneo. Não pegado, buscado. Só dá quem quer. Por favor, queira.
Se não quiser, vá logo então. Sou firme nas muralhas e nos fingimentos. Eu aguento. Mas eu não irei implorar. Sabe que não. Não quero ser sua falta de tempo ou seu impedimento. Vá logo, eu aguento. E vá sem culpa, eu vou continuar bem.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Celebrar



Ao ponto que cheguei, qualquer bala é chocolate. Tudo eu comemoro fervorosamente. Porque? A vida é tão a mesma, tão previsível, que uma possibilidadezinha que aparece, vitória! Antes me revoltava essa questão de ter contatos, sobrenome. Eu não tenho e por isso geralmente é não na minha cara. Mas nunca é tarde pra acumular amizades.
Já dizia a tia do bar da faculdade, quem bebe e faz amigos tem mais chances de se dar bem contra quem estuda. E é até verdade. Quem estuda precisa mostrar que sabe, se esforçar, batalhar. Quem tem nome, precisa saber qual a sala vai trabalhar. Coisas da vida. Mas hoje em dia eu prefiro me focar na luta, mesmo que perca no final. É tudo que eu posso fazer.
Não vou me prostituir, chantagear (até porque não tenho nada pobre contra ninguém, sou loser) ou me servir de corrupta. Acho que quem começa errado, termina errado. Se dá mal em algum momento da vida por consequencias dos atos. Então, sou medrosa e assustada, prefiro agir certo. Claro que sou brasileira, e o menos errado a gente dá um jeitinho de virar certo.
Mas voltando ao caso, consegui uma proposta de emprego hoje. Só. Uma possilibidade. Uma faísca que provavelmente se desfaça. Mas eu consegui. Sensação de a vida estar começando. Um talvez é milhares de vezes melhor que um não. Uma força, uma chance. Valeu a pena insistir, mesmo achando que não ia dar em nada. E talvez não dê. Talvez.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Reiventando o egoísmo


Necessidade permanente de ser especial, do ser humano em geral. Onde muitos falam e poucos escutam. Eu também quero falar, poxa! Mas alguém ai afim de ouvir? Refleti que deve ser natural do homem todo esse egocentrismo, pelo menos, da sociedade atual vigente. Todos carecem de tanta atenção, e não percebem que o problema esta no fato de ninguém prestar. Receber sem dar. Pecado capital do egoísmo.
Pessoas recorrem à terapia desesperados por interesse, mesmo que isso custe. O bom papo voluntário é chato. Eu falo, você escuta. Ponto. Nada de trocas de experiência, risos conjuntos, discussões acaloradas. Passar por cima da fala dos outros quase que instintivamente, por impulso, nada por mal, claro. Cada um se prefere, sem pensar duas vezes.
Então iremos celebrar o amor próprio, a auto estima, a não doação.
Estou ocupado demais, sempre. E sinto vergonha, e me detesto. Mas nesse exato momento é que minha vida anda muito complicada, sabe? Tenta falar com fulano de tal, ele tem tempo de sobra. Mas valeu mesmo por aquele dia, quando você precisar, é só pedir. Mesmo! Só não hoje, estou muito ocupado. Beijos.
Uma situação em que precisamos, e merecemos ser atendidos. Mas opa, ajudar já é pedir demais. Não paga minhas contas, não arruma meu quarto, pode parando ai que não sou obrigado não. E sabe o que é? É que eu tenho mesmo que me dar valor, não deixar ninguém passar em cima, esse pessoal se aproveita. E isso não é egoísmo, digamos, que seja, enaltecimento da minha pessoa.

domingo, 13 de novembro de 2011

Vamos não levar a sério


Irrelevante não é nem meio caminho. Tudo conta, tudo serve. Como pode ser assim? A gente sempre percebe que nossos problemas são frações, porcairas, comparado a todo resto. Meu sofrer é besteira. Só isso. E antes acreditava que ninguém pode medir dor de ninguém, mas sério, problema a gente mede, e eu fico até com vergonha de reclamar dos meus. A partir disso tudo.
Não é por não os levar a sério, mas é por não serem sérios. Como cancêr, falta de habitação, perda de membros físicos... só uma falta de planejamento ou uma raiva boba. Aprender a valorizar até os problemas, sabe? Imaginar como as coisas podem piorar, porque sabe, elas realmente podem. E mais na frente, se isso acontecer, eu não me entristecer de como tudo era maravilhoso e eu não reconhecia.
Valorizar que minha única dor de cabeça não passa de uma prova no fim do mês, ou uma loça suja no fim do dia. Que estou passando calor ou minha internet não funciona bem. Meu deus, como quero esses problemas, como os desejo! Que sejam minhas dores de cabeça por um bom tempo! Que sejam meu inferno! Ah, como sou feliz... e sei.
As coisas pioram assim, sem avisar. E não vou me arrepender de não ter dado o real amor a todos esses problemas tão ínfimos que me rodeiam. Os quero, os amo, os desejo. Que continuem assim. Minhas pertubações, meus infortúnios. Que seja o máximo de aborrecimento na minha vida, a maior dissolução. Poderei reclamar de um tudo, se piorar. Mas agora, eu não tenho motivos. Sou feliz e sei disso.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Logo eu, logo nós



Roubei essa idéia de você. Depois de tantos baixos e fundos, achei melhor seguir o que você já tinha decidido antes mesmo de eu nascer. Eu sei que demorei, mas sou assim mesmo, você sabe. E não que vou mudar de um dia pro outro, mas tentar já não é uma avanço? De novo, demorei assim dizer porque não me conformava em ser você, seus princípios e morais. Me assustava aquilo tudo. Você sempre ditadora, e nós só poderíamos dizer sim.
Lembro de quanto eu sofri quando era criança e adolescente, de quantos apelidos maldosos eu dei a você. Poxa, eu já tinha 13 anos, podia ir a uma festa. De quando eu me mudei, e não tive muitas saudades da sua vida. Aquela briga toda, aquela autoridade. Não fazia muita falta. Até sei que também não deixei vazio numa casa em que você mandava em todos e eu insistia em desobedecer. Somos assim, mesma personalidade, ninguém dá o braço a torcer, ninguém pensa que a verdade machuca os outros, sabemos como lavar roupa suja.
Mas não sei, depois de tanta coisa que eu levei esse ano passado, que eu continuo empurrando. Dores que nunca lidei e fui obrigada a lidar, assim do nada. Você, mais que todos, me entendia. Sabia minha forma de sofrimento, e não me julgava. Sabe que eu me desapego pra não sofrer. Somos iguais. E hoje entendo, tudo. Quer dizer, quase tudo. Mas entendo.
E sou sincera ao dizer que estou com muitas saudades suas, daquelas que dói fundo. Que você me faz falta, acima de qualquer coisa. Que hoje, gosto de conversar com você ao telefone, que sorrio da suas histórias verdadeiramente e que não tenho mais medo em contar as minhas. Que depois de 20 anos, senti finalmente, que sou sua filha. E se foi preciso isso tudo, então há males que vem para o bem, mesmo.
E agora digo, depois de muito ir contra você, resolvi seguir seus princípios, idéias, normas. Porque aprendi a ver a pessoa maravilhosa que você pode ser. Que todo aquele sofrimento, teve motivações boas, apesar de sentir um prazer em me ver falhar, quando você tinha me avisado, foi tudo para o meu melhor. Se rolar aquela preferência que eu sempre achei que rolasse, nada importa mais. Sou sua filha agora, de coração, acima de tudo.

sábado, 5 de novembro de 2011

Diário


Embalada pelo som dançante da boite num sábado à noite, estou eu em casa. Assim, quieta, calada, serena. Não invejo, sabe? Aposto, e sei que ganho, que estão tendo uma noite mil vezes melhor que a minha. Meu auge é juntar na janela pra ouvir a vizinha do 5° andar brigar com o namorado na varanda, mais uma vez. E dá pra rir, viu, não se engane. Mas é meio deprimente. Pra ela. Estou bem contente na situação que me encontro.
Fico aqui ao computador falando besteira, sorrindo com a vizinha e as vezes arrisco uma dancinha junto com a balada gay. Porque gay sim sabe tocar música eletrônica, festa hetero só toca porcaria. Mas vamos lá, o objetivo disso tudo é mostrar que não é mortal como um dia cheguei a pensar. Sábado em casa as vezes é preciso. Eu sei que ando exagerando de tanto que estou me escondendo do mundo, mas é cool.
Sexta você curte, sábado você recupera. Coisa de gente velha mesmo. Idade chegando. Mas isso é só pros filhos saberem, e me terem como exemplo. As sextas ficam pros netos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Não sou mesmo



Sempre gostei de escrever, sabe? Assim, desde criança. Quando acontecia algo surpreendente, no sentido de coisas ruins, porque surpresas na minha vida nunca foram notícias boas, eu sempre ficava com algo pulsando sabe? Aquilo pegando fogo dentro da garganta, descendo pra laringe, aquela agonia, inquietude, e aprendi, moleca ainda, que escrever aliviava isso. Por mais forte a dor, o rancor, a raiva. Escrevia, e passava.
E mesmo em todas as aulas de redações na minha vida pregressa tirando as piores notas possíveis, eu continuava gostando daquilo. Mas pra mim. Não pra professor ou outro alheio ler e falar que é merda. Qualquer letra que eu escrevo tem esforço sabe? Foi pro ''a'' ficar mais bonito, mas foi. Então ou ache ele bonito, ou fique na sua. Era meio assim.
E foi crescendo, eu comecei a escrever sobre tudo. Cenas engraçadas, histórias hilárias, mas era quando a angústia batia que eu me recorria sem pensar duas vezes. Era uma sequência de palavras tão sem coerência, que até entendo o professor falando mal imagino a minha dor. Era despejo mesmo, jogar pra fora. Se livrar daquilo tudo. Até achava melhor, se eventualmente alguém fosse ler, não entenderia nada. Meu segredo estava mantido, e meu coração calmo.
Não sei ao certo dizer o aprimoramento de tudo, nem sei dizer se isso é algum aprimoramento, mas eu consigo dizer que não tenho amor não. Tenho escapatória, saída, mas paixão fervurante, nunca tive. É algo que se adaptou na minha vida com força maior, mas eu não sou apaixonada por meus textos... nem gosto deles. Sempre me encontro mais nas palavras alheias. Os outros me entendem mais do que eu.
Mas o fato disso tudo ainda existir é que continuamente eu terei surpresas, mais desagradáveis, como de costume. E eu preciso arrancar aquela erupção pra poder continuar leve e serena. E essa exposição veio porque me acostumei a críticas, a frases depreciativas, ou a sinceridades. Estou aberta a bem, ou a mal. Estou para levar tapa, facada e até tiro. Sem problemas. Pode mandar.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Desventuras de uma covarde.



Realmente eu não entendo. E já estou no estágio que tirei a culpa de você. A culpa é minha por insistir nisso. Eu só me pego pensando, o que antes era as vezes, e agora cada dia mais presente. Porque eu continuo com isso? Sei lá, de mil motivos só um me vem a cabeça, e não é realmente um dos bons. Medo da solidão. Simplesmente.
Porque nós mulheres, por mais independentes que sejamos, temos que nos condicionar a isso? É uma acomodação tão feia, tão mal amanhada. Não sei como eu, livre, fervente, borbulhante, me tornei isso. Acomodado. Se irritar, não leva mais a nada. Você realmente não liga. E nossa, como eu gostaria que isso fosse bobagem dos meus pensamentos que não tem mais o que pensar.
E de todos os defeitos que eu não conseguia achar uma época, você fez questão de me mostrar. De todas as vontades que sacrifiquei por nós, você não deu a mínima. Por todas as vezes que eu precisei de um dia de folga disso tudo, você se irritou. Nunca conseguia fazer nada certo. A não ser o fato de te paparicar, daí parecia que eu era a mais perfeita do mundo. Só ai.
Estar com alguém que não me agrada, que não me surpreende, que não me conquista. É, conquista sim. Não é porque eu sou louca por você que não preciso de desejo, de mistério. Chamas podem se apagar sem oxigênio. E você se esqueceu disso tudo. Ou nunca lembrou, vai ver. Relacionamentos precisam de união, e você só tem egoísmo. Você não daria certo com qualquer uma. Mas mesmo assim a culpa é minha. Por persistir no erro.
Por medo. Apenas. De não ter pra quem ligar naquele momento que você se esforça tanto pra me entender, de mandar mensagens sujas quando estou bêbada, de saber que vai estar ai, se eu precisar. Medo de voltar aquele círculos de festas vagas, onde o único ganho emocional era um porre a mais na lista. Nada de acelerar o coração, de guardar de lembrança. A culpa é minha. Por ser covarde demais a largar do amor, ou do que eu tinha parecido com ele.

Jesus e a fraude do enem.



Brasileiro é tudo igual mesmo. Não importa a região, é tudo a mesma laia. Tava agora vendo uma ''manifestação'' contra um pessoal que tava falando dos nordestinos, generalizando o fato do enem ter sido fraudado em Fortaleza. Tudo bem, primeiro pensamento é odiar eles, chingar, mandar a merda, bando de preconceituoso que não sabe o que tá dizendo e blablabla.
Gente, nem acredito muito em fé cristã, mas tá ai que sou bem coleguinha de Jesus nessas teorias dele. Fui pensar direito, e pô é todo mundo preconceituoso mesmo. O país é grande, as pessoas são extremamente diferentes, é claro que vai rolar ''nós somos melhores'', é óbvio. Quem aqui nunca pensou que Manaus só tinha macaco e floresta? Que São Paulo só tinha carro e fumaça? Que Mato Grosso só tinha boi e pasto? Que o Rio só tinha sol e gente de bundinha de fora? É assim.
Isso é uma concepção que a gente cria desde a escola mesmo. Com aquelas figuras nos livros sempre da mesma coisa, sempre do mesmo tema. E ninguém lembra, que tirando o livro de história e geografia do piauí, foto do nordeste é sempre gente morando em casa de taipa e passando fome. Falando o grau de desigualdade social, de como o calor castiga. Livro de literatura falando em seca, fome e pobreza é o que mais tem entre os escolhidos pra universidades e faculdades para a prova de português.
Tudo bem, a gente que mora aqui, e outros indivíduos que moram fora mas sempre vem visitar, sabem que a realidade não é essa. Mas quem critica e fala mal, geralmente não conhece o assunto. Ignorância é resolvida de outro modo. E não absolvendo eles da culpa, xenofobia é crime, mas falar só por que se sentiu ofendido, sem olhar a situação... opa, não estamos fazendo o mesmo que eles?
E é ai, que o grande cabeça, conhecido mundialmente como Jesus Cristo entra. É aquela bobagem que a gente ouvia na aula de religião.. é não jogar a pedra no telhado de vidro, de ser batido numa face e oferecer a outra. É não persistir no erro. Ódio respondido com ódio, pasmem, só gera mais ódio ainda. É saber ponderar, sei lá, escrever uma cartinha de como eles são alienados e fora do mundo em si. Ensinar a ''lição'' do modo correto. Afinal, nordestino não é conhecido por ser ''bicho esperto''?
Apesar de tudo que eu falei antes, estamos na era da internet, onde toda informação é rápida, prática e acessível. E é por isso que os exemplos que eu dei antes, estão no com o verbo conjugado no passado. Porque a gente achou que era assim, quando criança com a ''tia'' ensinando. Mas não é mais assim, né? Crescemos, e creio eu que ficamos mais espertos... Vamos seguir a vertente de Jesus, mesmo se não acreditar muito nele. As idéias são a essência. São o motivo dele perdurar a mais de dois mil anos. Deve ser verdade, né.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Eu, eu mesma, e Lituania.



Os dedos são continuações de uma parte do cérebro que eu não entendo bem. Ele todo confuso, como seus neurônios rápidos e úmidos, e eles entendem tudo perfeitamente pra traduzir em palavras. Como se fosse fácil me decifrar, essa parte de mim que nem ao menos cheguei a conhecer. Essa coisa gelatinosa que é tão incoerente quanto o desejo, a impulsividade e a pluralidade de personalidades que nunca soube administrar. Estão ai, não sei como nem porque. Estão ai.
E me vejo em múltiplas capacidades, pensamentos, atitudes, ações. Me vejo fazendo e penso ''essa não sou eu''. Mas sou, e para amenizar a pena, ''ah culpa não foi minha''. E não foi tá? Foi dessas determinações gritantes na minha infância, na minha adolescência, das atitudes alheias. Sou criação de um emaranhado de situações que culminaram no que sou eu hoje. Eu.
E me responda você, o que é mesmo ser eu? Preciso buscar opiniões alheias para adentrar a minha cabeça tão estasiada de notícias, experiências, paladares. Mas que estranha essa figura, essa tal de Eu. E o que eu estou fazendo mesmo? Se já li e reli em inúmeros lugares que isso não é como você. Que somos todos únicos e exclusivos, e que assim podemos nos dar o devido valor. Por ser alguém diferente de todo mundo? É, isso não é como eu, não mesmo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A minha visão dos fatos.



Novamente me apaixonei por você. É, assim mesmo, por um sonho besta. Mas sonhos não são verdades do subconsciente? Enfim, foi assim.. eu estava lá por você, e você estava lá por mim. É, só isso. Mas não é verdade? Ou não é mais? Não sei, não se define, não se exalta, não se esclarece. Parei de tentar entender, ficar louca, arrancar os cabelos. Deixo a decisão pra você. O que um não quer, dois não beijam.
Voltando ao sonho, não soube muito o que fazer. Só sei que você sorrio pra mim, como sorria antes, e eu vi que ali eu tinha meu conforto, como tinha antes, e me lembrei o real motivo de eu ter me apaixonado por alguém tão chato e pertinente como você. Porque você sempre esteve lá, da sua maneira meio insensível e aérea, mas que eu conseguia achar tão fofa.
E me lembrei de como você perdeu esse sorriso ao poucos, e tenho certeza que não fez isso por mal. Mas por rotina, por dia-a-dia. Você já tinha me conquistado, e sabia, não precisava mais me bajular não é mesmo? Aquele carinho, compreensão, grude, agarra-agarra, não precisa mais. Pra você. E creio que isso foi se perdendo ao tempo da nossa pequena história de aventuras. Nada românticas, do nosso jeito.
E tenho que ser sincera, nunca achei que você fosse minha alma gêmea. Mas sou bukowski, e sei que tem um milhão de pessoas lá fora com gostos bastante similares ao meus. Mas decidi ser sua, só sua. Apesar de tudo. Só que por ser essa pessoa, tão cética a respeito do mundo e das suas misticidades, que tenho certeza que posso ter uma vida plenamente feliz sem você. Mas não quero. Não agora.
Quero sua zuada, seu beijo envolvente, sua palavra chata, sua confiança inabalável, seu carinho periódico, sua porção de pertubação, seus emotions toscos, sua música brega, seu abraço aconchegante. Quero você, cheio de defeitos insuportáveis, que me fazem sentir falta do que foi. Quero o antes. Se for pra ter esse agora, deixa pra lá. Foi o que tinha que ser mesmo. Boa sorte. Vamos sorrir disso depois, falar que foi uma loucura dessas pessoas diferentes que somos. Vai ver foi. Ou não.

domingo, 16 de outubro de 2011

Na cabeça de uma louca.



E você tira aquele tempo pra pensar, repensar, pensar mais uma vez... putz, o que eu estava pensando mesmo?! Não sei. Não lembro. Mas vamos voltar ao objeto de tanto conflito. Um círculo vicioso na qual meus pensamentos se entregam quando não há nada melhor para se distrair. Emoções instantâneas, claro, mas me diga qual felicidade durou pouco mais de alguns segundos? Ah sei, tem uma sim, só que você não lembra... Sei.
Daí você continua e a frase ''a vida são de escolhas'' nunca foi tão presente, constante, verdadeira. É sim, são essas e só essas que determinam sua vida daqui 10 anos. Garçonete de bar de estrada ou advogada renomada. Mas daí não são somente, né? *penso* Tem a questão da família, oportunidade, morte... e são tantos fatos determinantes quanto a minha vontade de mandar tudo explodir. Explode ai, fazendo favor? E sorrio, ah como sou maluca.
Mas sabe, eu também sou legal, gente boa, corajosa, sincera... Pô, pretensão minha ficar me enchendo de qualidades... Ah, mas nem é, porque 1) enfim essa é minha cabeça e posso pensar o que quiser, 2) fui uma adolescente criança que cresceu com legendas de fotos no orkut ''Se eu fosse você iriα querer ser eu (Y'". E quem não achar isso de mim, não acho isso dela também. Simples. 
OK. Sou uma pessoa sociável bem maneira. E qual foi o problema disso tudo mesmo? Opa, problema de que?! Ah, não outra vez... não aguento mais pensar de novo, e me perder, e voltar ao início sabendo que vou terminar me desviando, e quando perceber já vai ser tarde demais pra isso. Sério, como sou imbecil. Sou mesmo, das grandes. Sou pertubada. Tenho sempre que fazer questão de complicar.
Fico triste, sou mais clichê de mulherzinha que um dia pude imaginar. Sou ciumenta sim, das loucas, fico me corroendo por dentro quando tudo que eu mais queria era uma pitadinha de importância. Não houve, não há. E filmes de comédia romântica não são tão ruins assim, e nem Iz Kamakawiwo, que todo mundo sabe que eu acho o máximo e mimimi. Sou mulher, indiscutivelmente, das mais chatas e boboquinhas. E queria controlar isso, mas acho que nasce na essência de cada um. Ah, sei lá, vou ser macho na hora que der. Beleza?
Beleza! Éééé, qual era o assunto em pauta mesmo? Pera, vou ouvir aqui ''Somewere Over The Rainbow'', não sei porque. Ah poxa, triste demais. Vou fazer o que eu sei fazer. Vou beber, deixa os problemas pra segunda, que preocupação e ócio nunca ajudam mesmo. Ah cara como eu tô filósofo. E retardada, né. Cada dia mais. Enfim, calor só dá certo com algo loiro e gelado. E eu dou mais certo ainda. Sai de mim pensamento, vai atormentar outra alma pertubada, beijos me liga adeus.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Newton e o fiasco da minha vida.

Não sei agir em situações estranhas. Das mil e uma lições que sempre digo que aprendi da vida, essa não foi uma delas. Como aquele bar-ra-co acontecendo na sua frente, e pá, me acabo de rir. Ou quando a pessoa me confidencia algum segredo bombástico, deixo transparecer que achei bem escotro louco (deve ser por isso que ninguém me conta mais nada).
É ação e reação. E sou super impulsiva mesmo. Faço as coisas sem agir, normalmente. Ataco o primeiro pedaço de bolo, depois vou me preocupar se fui educada. É a fome, penso. Mas é a fome, sede, que na verdade, é vontade, desejo. Vontade de rir, de dá um tapa na pessoa, (calma, nunca fiz isso ainda) de gritar, brigar. Ação, reação.
Sou movida a impulsos eletromagnéticos que absorvem cada situação em seu mínimo detalhe, e faz com que meu cérebro não tenha tempo suficiente pra digerir a situação, e pá, lá vai a louca, outra vez. Desculpe quem já ofendi por isso, minhas mais sinceras desculpas. Mas eu geralmente não faço por mal, geralmente eu uso sarcasmo. Risos.
Acho que os que mais sofrem com isso provavelmente sejam os que eu não queira magoar, os que já atingi um nível considerável de intimidade, e meio que desligo meu sensor de ''controle''. Daí acabo vacilando, periodicamente, e não sei como agir mais com a pessoa. Sou boa em pedir desculpas, mas sabe-lá-deus se ela vai querer me perdoar. É de cada um.
Vamos aprender, ein? Cadê escola da vida que esta me atrasando nesse quesito? Nesse sentido eu só tenho apanhado mesmo, e nem é por mérito próprio. É pela porcaria da lei da ação e reação. E como te odeio, seu Newton. Você e suas leis escotras tão presentes na minha vida. Principalmente a inércia, que rege tão fortemente juntamente com minha preguiça.

Três palavras.

Participei dessas brincadeirinhas toscas que rolam por ai. Era tipo, as três primeiras palavras que aparecessem iriam descrever sua personalidade. As minhas foram: sorriso, família, sarcasmo. Rá. Sorri levemente. Que me conhece, acabou de rir também. Não sou de acreditar, mas fiquei realmente com isso na cabeça. Sorriso, família, sarcasmo.
Idas e voltas de preocupação que eu sempre faço questão de criar pra mim mesma, aprendi que só posso me preocupar com aquilo que só eu posso resolver. Se depender de atitudes alheias, vou fazer a maior questão de deixar pra lá. Não consigo mudar tudo sozinha, muito menos deixar do jeito que eu quero. Sei lá, parece que meu jeito sempre me coloca na posição involuntária de vilã. Sou mal, e é isso ae.
Pois me dou a opção de ser vítima, sabia? Nem que seja só pra mim. Coisa íntima. Ninguém tava na minha pele mesmo, sabe o que eu senti. Pois foi, fui super injustiçada e mereço meu pedido de desculpas. Até parece. Sou eu que vou atras sempre. Mas deixa pra lá, não reclamo, sou feliz assim, odeio ficar com picuinha, climinha chato, gosto de paz e amizade entre os povos. Daí pensei ''sorriso''.
Sem falar que nossa, mundos e fundos se acabando, e se for por minhas irmãs, eu vou atras, me acabo, dou um rim, e corto minhas pernas. E mesmo quando elas jogam aquelas ironias baratas (como sempre), valeu a pena. Nunca fiz isso por mais ninguém. Nunca valeu tanto a pena. Que seja por pai, mãe, vó, tio chato... sempre aquela sensação de que foi o mais certo a se fazer.
Ou quando o fato mais intenso da minha vida, estavam todos lá. Saíram todos da sua casa a um milhão de kilometros, porque nada mais importava. Amor, sexo, religião, dinheiro. Aquilo era tudo. E é isso que a gente aprende, sabe? É onde aparece aquela portinha dizendo qual caminho você seguir, mesmo não sabendo o que diabos você vai fazer da vida, mas você quer ter aquilo. União. Família. 
Sarcasmo eu nem me dou ao trabalho de comentar. Taí algo que eu me identifiquei automaticamente, quase. Eu, a pessoa mais sincera que conhecia na época, convivendo com pessoas altamente chatas, críticas, feias, falsas... por ai vai. Só eu sou perfeita Ao meu ver, claro. E olha como foi lindo eu chegar ''noooossa amiga, ahazou no visual hoje!" Acabava então aquele rancor dentro de mim, com aquela pequena intonação irônica na minha voz, e acabava os problemas da minha mãe sempre falar ''você nunca vai ter muitos amigos'' Toma na cara, Patrícia  Enfim, agora sou mais feliz e mais sociável graças a presente e constante ironia na minha vida.
E olha, continuo sem acreditar nessas brincadeirinhas idiotas, mas pelo menos essa me fez pensar. Pior, sou adepta a destino, que tudo acontece por uma razão, e blá, já falei isso aqui mil vezes. Acordo de madrugada e ligo a tv, assisto um filme tosco na sessão corujão falando sobre ''abaixo o amor'', e olha acho um soco na minha cara do destino. Mas ele sabe, que é preciso mais que isso pra eu desisti assim.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Yeah!



Há muito larguei a preocupação de tentar me entender, de saber o que sou. Não consegui. Consagrada a vida toda como loser, não me importo mais. Não tenho grandes feitos na vida, nem orgulho a oferecer aos meus pais, ou a quem quer que seja. Tenho eu, tão somente.
Meu carinho e afeto (limitados), minha promessa que vou tentar entender, que não vou reclamar das besteiras, que vou respeitar. Eu sei, não é muito. Mas nessa agora, é quase tudo o que possuo. Pouca carga, pra muita bagagem. Aprendi a ser leve.
Muitos sorrisos, lágrimas, cervejas. Não necessariamente nessa ordem. Aprendi, também, por essas, que é possível superar tudo. Mas que dividir o certo do errado dificilmente significa felicidade. Coisas erradas são mesmo mais gostosas. Se não me agradar, não me interessa. Vivo para e pelo o prazer.
Sou radical, extremista, mas sei revelar. Amo e odeio, simultaneamente. Choro por alegria, rio da tristeza. Escuto exclusivamente folk, indie e rock, mas sei me acabar em um bom forró. Sou bukowski, e adoro Gabito. Sou encarnação do ''não'', e vivo pelo ''sim''. Simples assim.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Falas #8

Apesar de acreditar em karma, destino, aprendi que sem ir atras, você não consegue o seu. E bem, estou tentando entender o que é isso, como que faz. As coisas não caem nas minhas mãos, até porque eu nunca almejei nada na minha vida, me deixei ir levando. E agora preciso lutar por, e como faz? Não sei, não tenho idéia, não tenho motivação.
As vezes sinto pena de mim, pobre menina vai quebrar a cara é cedo. E como todo ser humano com instinto de sobrevivência, ''ainda dá tempo''. Pode ser até que dê, pra alguém com força de vontade, desejo. Eu não tenho nenhum dos dois, apenas miséria. Sou pobre de coragem. Não quero me arriscar demais, pra que se a batalha já começa perdida? Melhor ficar sentada, evitar humilhações, constrangimentos, desilusões, e rejeições.
''Eu que já não quero mais ser um vencedor", já dizia né.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Graças a Ana Beatriz Portela me debrucei em choro, mas contrário a tudo que eu venho chorando ultimamente. Me pegou de um jeito que nossa, como estava precisando ouvir isso. Muito obrigada amiga, eternamente amada. ;*

Texto ''In-tesamente Lituânia'', de (novamente) Lets Lost.

Cerca de 10.798 km separam o Brasil do país Lituânia . Eu ousaria dizer que a minha Lituânia passa disso, a distância dos seus pensamento e da sua evolução enquanto pessoa, vão a ano-luz de qualquer outro ser que por aqui habitar. O país Lituânia se envolveu em algumas disputas territoriais. Já a minha Lituânia é da paz, as suas confusões ocorrem internamente, um sentimento só não basta, ela precisa de um turbilhão! 
      A minha Lituânia é um vulcão de emoções, eternamente em erupção, em suas lavas, aquele amor capaz de derreter até o mais rígido dos homens. A Lituânia país não tem vulcão, mas tem petróleo, sinal de que as coisas por lá tendem a melhorar. Com a minha Lituânia não sei se isso pode acontecer, pois não imagino como ela pode se aperfeiçoar. 
      Apesar do seu tamanho reduzido, o país Lituânia se fez grande na Europa quando foi a primeira república soviética a proclamar sua independência, e nisso ele se iguala a minha Lituânia, pois essa nasceu independente, revoltada, cheia de força pra enfrentar qualquer luta e disputa que vier pela frente.
      Deixemos o paradoxo de lado. Nenhuma definição, seja ela; econômica, geográfica ou histórica; seria capaz de conseguir expor a pessoa que a minha Lituânia é. E falo "minha", com posse dessa amiga maravilhosa que os encontros e desencontros da vida me proporcionaram. Personalidade marcante, caráter forte e uma intensidade que lhe é peculiar. Acho que encontrei a palavra certa: "intensidade".


"- Na minha família, eles já desistiram de mim e me classificaram como diferente demais. Criei a reputação de ser uma pessoa que, se alguém diz a ela para fazer alguma coisa, quase certamente fará o contrário. Também sou muito esquentada. (...) As pessoas me consideram uma pessoa difícil."

(Comer, rezar, amar - Elizabeth Gilbert)

      Sim, meu bem, você é uma pessoa esquentada e um tanto quanto difícil. Mas gente fácil e comum são chatas e cansativas. Esse é o seu charme. Sou lituana com orgulho. Nasci e me criei aqui, no seu jeitinho especial. Intensamente Lituânia.

(Ela colocou essa música no final, vou por o vídeo, e nem sei porque ela escolheu sabe?)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lituania who?


Devido a fatos recentes totalmente desconhecidos na minha vida prescrita, não sei mas quem sou. E nem me importo. Azul, amarelo, lilas, verde, realmente não me importo. Não tenho cor preferida, e nem dói. Tinha que comer todos os tipos de ovos fritos, pra saber o qual o preferido. Todos os tipos de músicas incalculáveis. Hoje amanheço punk, almoço forrozeira, termino clássica. E tô nem ai.
Aprendi a fazer o que eu gosto, naquele momento. Independente de credo-raça-cor. Vai ver que esse é o significado de ''carpe diem'' ou ''relaxa, e goza''. Qualquer um serve. Se eu quiser criar pássaros, e amanhã quiser matar eles, me dando prazer, que que tem? (Não teria coragem de matar nenhum animal, é só um exemplo.)
Coisa de não esperar nada, de não fazer planos. E isso, diferente de toda minha vida, sei fazer bem feito.
Quero morgar, me deixa tá? Quero beber, fico aqui mesmo no computador com uma long neck. Sem querer um grande evento, grande expectativas ou grande furos de reportagens. Só o básico, o simples e a completa satisfação.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A minha flor sempre



E essa angústia que nunca passa? Aquele vazio sempre lá. Por idas e voltas, você é lembrada, e aquela dor que não tem cura, que não tem esperança, que tem que se acostumar. Que não deu tempo de despedida, de abraço, de adeus. Você foi, e eu fiquei sem muitos acalentos.
Desculpa por não ter me esforçado mais, por não ter sido melhor. Pelo egoísmo, pela inveja, você era de todos nós, sempre foi. Seguir, claro que dá. Mas parece que ficou algo pra traz, uma parte boa que de modo algum voltará. Por me fingir de forte sempre, e mudar de assunto pra não acabar em prantos em público. Eu não posso ser tão vulnerável, eu não consigo mostrar o buraco em mim.
Sinto muito.
Por não ter abraçado vovó por você, ter acalantado alguém e ajudado como podia. Eu tava tentando entender tudo, e até hoje eu tento. Você foi rápido demais, e antes de qualquer previsão. Passo milhões de vezes tudo na cabeça, e como eu tinha certeza que tudo ia dá certo. Sempre dava. Tinha absoluta certeza que ia escutar sua voz outra vez, sua risada, e dizendo pra eu ir estudar, porque você tinha certeza que eu ia ser grande.
Não tenho tanta certeza assim, nunca tive. Mas me ajudava saber que você sabia. E agora ninguém mais sabe. Ninguém mais me liga pra saber como eu tô, de verdade. Se eu preciso de alguma coisa. Se aquilo ruim que tava no meu coração já tinha ido embora. Nunca foi. Nunca irá.
Eu não posso medir a dor, não posso contar as lágrimas, o tempo. Que você não vai tá aqui na minha formatura, no meu casamento, no nascimento dos meus filhos, na minha dor, na minha alegria, ou simplesmente porque você não vai tá aqui.
O mundo não é justo e a gente acaba entendendo, mais cedo ou tarde. Mas não há como existir outra Margarida com pétalas tão perfeitas e delicadas, com um aroma tão acochegante, com um amarelo charme, um caule bem desenhado a fim de fazer sombra a todos os demais. Não, essa Margarida é única e eterna. E minha.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Espantos

Resposta ao texto, C'est moi do ''Lets Lost''.

Lembra de como a gente sempre se chamava de diferente? De como 'não sou assim' estava lá nas nossas conversas?
É, nós eramos estranhas ao mundo, e nos encontramos. Porque naquela parceria éramos normais. Nada de bruto, carrancudo ou mal humorado. Nós nos entendiamos. E ainda somos.
Parece que nos tocamos que beijo e abraço não é bicho de sete cabeça, e que demonstrar carinho é ótimo quando se recebe de volta. E sim, nunca fomos assim, nunca soubemos como ser assim, até agora.
Vamos aprendendo devagarinho, passo-a-passo. Não pra mudar completamente, frieza esta em ser quem somos. Mas aprender a não machucar, a ser mais calma, mas dialética, sem querer sempre interpor a vontade, porque o resto do mundo 'foda-se'.
Somos boas, sempre fomos. Temos alma, coração e vontade. Tá na hora de colocarmos em prática. E faz tão bem, é tão bem recompensado. Vale a pena não ser revoltado o tempo todo, tentando provar algo que eu nem sei mais o que era.

domingo, 18 de setembro de 2011

Divisão Fringe



Quem não assisti não entende. E quem não tem esse tesão por seriado americano, pior ainda. Mas eu tenho. Sou fanática, alucinada. Choro, sorrio, chingo, muda meu humor cada episódio. E é minha felicidade conhecer novos e começar novos vícios. Novas paixões pelos personagens. E foi bem assim com Fringe. Tinha encerrado todos meus seriados, faltava um tempo pra outros começarem, e eu desesperada com um vazio enorme ao entrar na internet. Gente, e não é exagero meu, é sério. Sou mais feliz durante temporada de seriado. Acabou, fico estressada.
Enfim, estava a procura de qualquer coisa pra assistir, qualquer coisa mesmo. Só pra passar o tempo vendo alguma coisa, até meus amores se renovarem e voltarem a me preencher. E quando me disseram ''ah, porque não? tô fazendo nada''. Vou negar que a primeira temporada foi bem morninha, continuei porque né, preciso estar acompanhando algum.
Mas quando eu percebi já estava loucamente apaixonada por Olivia Dunham, Walter e Peter Bishop. Sem medir, mas sem comparação com qualquer um que eu tinha assistido antes.
Três temporadas, 68 episódios, e me chame de louca, assisti em duas semanas. Juro por deus. Não conseguia parar, foi alucinando, eu precisava ver no que ia dá essa história, e como assim outro universo?, e meu-de-us-do-cé-u te amo walter. Foi indo. Quando finalmente acabou, desabei. Entrava em blogs, procurava qualquer coisa me ainda me deixasse conectada com eles, com aqueles que preenchiam o meu dia, e agora só me deixaram a espera.
Dia 23 agora começa a 4° temporada, e comentei aqui pra vocês terem noção de como anda meu coração. Tanta emoção misturada com ansiedade, felicidade, euforia. Presente que a fox nem imagina que esta me dando. Podem falar que eu sou louca, mas sou sim, perdidamente apaixonada por Walter Bishop, fico toda derretida com o romance de Olivia e Peter. E quero que cada vez mais, eles me enlouqueçam.
Oi, meu nome é Lituania, e sou viciada em seriados americanos.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ah, cidade pequena.

                    Viro o ''babado'', a novidade. Todo mundo especulando, dando sua opinião, julgando. Morte virou atração. Aonde se chega, é a conversa, todos querendo ''estar por dentro'', antenados. Jornal televisivo agora é programa de fofoca.
                    Ninguém imagina como se encontra a família da vítima, que mais quer é esquecer por alguns minutos, que seja. Não se põe no lugar, não se solidariza. Por menos, não comentasse, desse um descanso, pra quem já sofreu tanto num crime brutal.
                    E não é só a estudante que tá na mídia. Sempre aparece alguém ''Sabe a nova? Fulaninho morreu, tava super embriagado''. Ninguém dá a mínima. Não é da sua família, não te ofende. Vira ''bafo''. Quando mais, ainda tem aqueles pra dizer ''teve o que mereceu''.
                    Esse pensamento interiorano teresinense tem que evoluir algum dia. Ninguém se livra, nem mesmo os mortos.  
                     

sábado, 20 de agosto de 2011

Falas #7

E sempre é assim. Tudo pronto, uniformizado. Entrando em lugares já sabendo como agir, como falar. Mas não há como se esconder pra sempre. Uma hora, cedo ou tarde, você acaba sendo você mesmo. E sabe-lá-deus quanto tempo eu perdi querendo me passar por outra. Perdendo o prazer de falar poha, de descer até o chão, de gostar de mim, de vez enquando. Sabe-lá-deus quantas vezes eu me torturei pra não fazer o errado, detestando o certo. Sei lá, não compensa. No fim das contas, se anular nunca vale a pena.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Falas #6

Não consigo entender esse jogo. Por mais que eu queira, por mais que eu tente. Definitivamente não fui feita pra isso. Nunca há uma proporção, algo mútuo. Sempre alguém gosta mais, e o outro menos. Quanto mais o desprezo, mas carinho de volta. Amor o caralho, poha!
Gente estranha. E não falo pelos outros não, falo por mim. Que relato como estranha consigo ser, e as pessoas se identificam. Poxa, é fudido pra todo mundo. Insegurança rola solta, e a galera naquele vazio, naquela qualidade de precisar de alguém. Amor otário da merda. Tem como entender?

VSF.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Significações

Defina ritmo, velocidade, aceleração. Defina rápido demais, apressado, ''fast''. Quando se esta a frente ou se estagnou? Estou no tempo certo, e tenho sede do perigo. Vai ver, só consigo acompanhar a inércia mesmo. Melhor seria ter um olhar-de-fora, julgar sem me envolver, sem dar desculpas. Saber a hora certa de tomar iniciativa, ou de esperar pela próxima oportunidade. Nunca se sabe.
Defina seu relógio biológico. Saiba a hora de acordar, de ficar feliz e sério. Defina sua vida social. O momento de se calar, de guardar a opinião pra si, de deixar quebrar-a-cara. O instante de decidir não discutir, de fingir que não se ofendeu. Era besteira.

domingo, 31 de julho de 2011

Há coisas que não mudam

Comecei a entender bem essa questão de amizade. Amigos que não falava a tempos, e quando se encontra é a mesma coisa. Nada mudou. A intimidade, as brincadeiras, a euforia. Tudo do mesmo jeito de 4 anos atrás. Não foi preciso ''manter''. Já estava consolidada. E, sei lá, foi tão bom rever, lembrar de coisas que somente nós tínhamos nostalgia.
 Tá tudo tão recente. Curso, amigos, lugares. Tudo se modificou, e pra meu espanto, continuamos do mesmo jeito. Melhores amigos. Sem necessidade de constância, novidade, manutenção. É algo empedrado. Vai estar ali, sempre e da maneira que precisarmos.


terça-feira, 28 de junho de 2011

Falas #5

Nunca tinha conhecido nada parecido. Eu sempre consigo me misturar. Sou assim, alegre. Mas ali, não entro. Como se fechassem a porta da minha cara e eu só pudesse ter o buraco da fechadura como acesso. Meio que me revoltava no começo, porque né, sou uma engraçada e blá blá blá. Deixei pra lá. Não vale o sacrifício. Não sou uma mente tão superior quanto. Beleza.
Como já diria Chico, ''estou me guardando pra quando o carnaval chegar.''

domingo, 26 de junho de 2011

P2

Mas olha, que realmente o interessante é você se aventurar. Ir na louca. E nesse aspecto eu sempre tive muita coragem. Vai no impulso, que não resta muito tempo pra pensar. Quando você vê, já tá lá. E te asseguro, como nunca houve arrependimentos acerca. Só lembraças gostosas, nostalgia serena. Até dos maiores programas de índio, mas o que motivou, era sim um bom momento.

Mas vá lá, coragem é pra poucos, burrice não é pra todo mundo, e loucura? Ah, essa daí só exclusivos. E como foi irresponsável, louco, impensado e inesquecível! Um salva pra todos as amizades descobertas, eternizadas. Pra todo o desejo de estar lá, e sorrir naquela chuva, cantando minha música preferida de Validuaté, pensando ''puta que pariu''.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Embalagens


Não tinha idéia de como essa história de reputação ia me afetar um dia. Nunca prestei atenção nisso. Mas quando acontece, você ''an?''. Não tiro os motivos, que é isso. Cada um é aquilo que pratica, não é mesmo? Mas pessoas mudam. Atitudes não são as mesmas. Experiência vem no dia-a-dia, e ninguém pensa o mesmo de ontem.

Sinto muito por pessoas assim, levarem por falas alheias. Sinto muitíssimo. Não que não escute, mas só isso determinar alguma situação na sua vida, é deprimente. Quebrar a cara por si próprio é aprendizado, ouvir dos outros é ser maria-vai-com-as-outras. Mas é de cada um pra cada um. De personalidade pra personalidade.

E todo mundo faz besteira, é um erro universal. Não é ação passada que faz o ser humano, é o agora. Você não vai ser julgado por que ouviu e deixou pra lá, vai ser julgado porque julgou sem conhecer. Pré-conceito. Mas deixaremos pra lá, que nunca fez isso antes? Pretensão minha jogar a pedra como se nunca tivesse errado. Errei, muito. E continuarei errando. Não os mesmos, porque estão ai pra fazer a gente acertar. Ou tentar.

Deixa ir

Acredito muito nessa história de destino. Pode me achar iludida com vida, mas é melhor passar por ela assim. Achando que sua vida de merda tem algum propósito. Pois bem, sou solidária ao ''tudo acontece por um motivo''. Melhora o ânimo, a agonia, o vazio. Vai entender. E qualquer um tem o direito de pensar o que quiser, não esqueça disso.
Sabe aquela hora que você vacila legal? O destino salva. É desculpinha barata mesmo, mas funciona. Eu reflito e penso ''era pra ser''. Seguimos sem muitos destroços.


domingo, 12 de junho de 2011

Falas #4

Não sei, mas é aquela matemática, você recebe o que dá. Pode até não acreditar nisso, mas vai acabar acreditando. E sei lá se a gente não é parte de algo maior, ou tem um destino já traçado, pelo menos, eu gostaria que fosse. Nos tornar menos soltos, vazios, indivíduos, nos tornar coletivos.

Já parei tanto pra pensar na minha existência. No que estou levando. Me sinto um nada, cada vez mais, um incapaz, de fazer algo, de melhorar, de ajudar alguém. Não vejo futuro, e me aterrorizo. Minhas convivências só corraboram isso. É uma pena, podia ter mais confiança.

Enfim, estou cansada de tentar provar que sou melhor, que sou esperta, ou qualquer coisa que você espera que eu seja. Não sou. E é com isso que temos que lidar. É isso que eu sou. Cansei, e já estou cansada faz algum tempo. Sinto muito por não ser metade do esperado, mas não posso mais conviver com uma sina de ser alguém que não reconheço.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

"Parente é serpente"

É até compreensível a reclamação, a chatiação. Mas essa falta de caráter? Dissimulado perde feio. Não esperava por isso, não esperava mesmo. Fiquei em choque, e sei lá, ressentida. Eu pensei que tudo tinha mudado, que vocês tivessem amadurecido. Ou até mesmo relevado, sabem que eu sou assim. Mas foi pior, só fingimento. Falta de ética, moral.

Até compreendo minha mãe, ela tem a obrigação de brigar comigo. Não gostei foi dos motivos. Ah, porque eles não fazem, eu tinha a obrigação de não fazer. Sabe, comparação? E ai, doeu. Tudo bem, se eles também ficassem. O problema foi só esse. E foi um alarde. Foi uma reação em cadeia, jogando tudo na minha cara, como se a minha qualidade fosse errar. Imagina os defeitos.

Detestável. Fui até tentar resolver a situação, mas o choque foi tão grande, que a idiota só conseguiu chorar. Fazer o que? Problema é que caíram imensamente no meu conceito, agora são nada. Nada pra contar, nada pra me orgulhar. Isso vinha fazendo tempos... e eu nem desconfiei, ao contrário, achei que tava tudo bem. Mas uma vez, a iludida acordou do sonho. Só que dessa vez, relevar não vai acontecer. Já deu.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Choros e risos

Doeu, como se eu tivesse acabado de perder alguém. E de certa forma, perdi. Doeu tanto, e tão intensamente, que me vi ali escutando Adele, sozinha no escuro, fazendo lágrimas brotarem. E ri. Quando me dei conta, sorri escandalosamente. Até o mais loucos me achariam insana. Só conseguia pensar em três palavras ''eu sou real''. Nunca antes sofrido por ninguém, sendo irrelevante qualquer ato envolvido por romance, amor, paixão. Não dava certo, eu pensava, vamos pra próxima. Assim, sem dor, sem importância. Entende agora a profundidade do acontecimento? Logo eu, que não por querer, involuntariamente, não sofria, não chorava, não ligava. Eu, que nunca fui longe demais, nunca falei eu te amo, nunca chorei por tristeza. Estava ali, em um dos momentos mais importantes, sem me dá conta. E ri, porque felizmente, eu sei sentir alguma coisa.

sábado, 4 de junho de 2011

Falas #3

Eu me afogo tão intensamente, choro, perco o sono, xingo a vida, entro em colapso, por motivos banais. E logo em seguida, entro em estado de graça. vejo mil motivos para se erguer, me encorajo, me fortaleço, por qualquer trombada.

Relevar é incrivelmente citado nos meus contextos. Não me levo a sério, e acho mesmo que não deveria. Sou uma piada latente, uma ambição generosa, um circo apenas de palhaços. Sei lá se não é bom ser assim, se é preciso endurecer um pouco, não sorrir na hora de falar sério. É o meu jeito de levar, minimizar os efeitos.

"E quem irá dizer que não existe razão?''

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ah, o ócio


Olá, férias. Realmente, você disse que eu iria sentir falta. Tanto tempo preenchido, tanto a se fazer, que coisa chata! Se contentar com solitários domingos para ibernar, e só. Quantas vezes ter de levantar sem forças, estudar com sono, faltar festa pra não faltar aula?

Que bom será dormir pela manhã, acordar pela noite. Não ter nada a se prender, se pressionar, ser disponível, tão somente. E morrer de tédio, ah que maravilha. É bem verdade, que depois torço pro trabalho voltar, pra chatisse tomar seu lugar, mas somente pra te dá mais valor, mais e mais.

Anatomia da loucura.


Que falta me faz você, Meridith Grey. Seu trabalho escravo, que te faz tão feliz. Sua problemática/resolvida vida amorosa. As piadas, confusões e situações absurdas tão cotidianas. As armações, fingimentos, falsidades com tantas boas intenções, e outras nem tantas.
Sinto falta do casal gay mais perfeito, da neném mais fofa com 3 pais, da antendente compreensiva tão nazista, do durão com coração mole, da deusa da cardio, da mini que virou gente grande, do chefe louco, dos maridos perfeitos. Sem esquecer a modelo hardcore, o melhor 171, a obstetra insubistituível.
É assim, cada novo episódio, ansiedade, suspense, paixão. Cada final de temporada, só resta um vazio, algo faltando. Esperar seis meses pra conviver suas rotinas loucas, é um mal necessário. Quem acreditaria que me apaixonei tanto por você, ein?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Impossibilidades

Milhares de idéias me vem a mente, mas eu quero esquecer. Quero acordar, tentar levar, enxergar o que me é dado. Me forço mesmo, pra não acabar mal. Fazer o menos pior. Não me indicar ao maior dos meus medos, arrependimento.

Vinte anos não é idade de relevar as inconstâncias, iresponsabilidades. Já foi tempo de não lidar com as consequencias, correr pra baixo do chapéu do pai. Eu também dou o meu jeito. E sou boa nisso, mesmo com perdas, danos, privações. Sei levantar, até sem orgulho.

E desejo que assim seja. Quem se prepara para o pior, acaba surpreendido.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Falas #2

Recorrer a tudo que sei não adiantaria muito, afinal não sei quase nada. Não me interesso, não sobressaio, não crio. Não me desagrada ser assim, sem muito a oferecer. Talvez, haja alguns poucos que não sejam bons em nada.
Não é triste. Tristeza se relaciona com infelicidade. Consigo ser muito feliz, as vezes. Ser eufórica, estonteante, eletrizante. Como qualquer um, em qualquer lugar. Dependendo apenas de acontecimentos inesperados. Sem planejamentos, sem expectativas.

sábado, 7 de maio de 2011

Afinal de contas.

Queria poder dizer que eu acabei gostando de você, no final das contas. E sinceramente, era inevitável. Você, tudo que eu sempre procurei, ali na minha frente. Parecia presente divino ou começo de sorte, depois de muito tempo. Parecia que finalmente eu tinha me tornado especial.
Mas a vida não é assim, é? Você não poderia estar sentindo o mesmo, olhando com o mesmo brilho, sorrindo da mesma forma besta. E dói. Dói de uma forma que nunca doeu, que nunca bateu. Nem eu sei distinguir se é bom ou ruim... Só tá lá, subentendido, pra quando você me olhar do jeito que eu olho pra você.
Realmente, eu imaginava mais. Logo nunca deu certo com ninguém, esperava que, se fosse assim, era pra valer. Vida cruel, bandida e infeliz. E nunca fui do tipo pular da ponte, cortar os pulsos. Mas sou de sofrer escondida. Fingir estar tudo bem você sair com outras.
Ainda espero que você caia na real e veja que sou quem sempre esperou. Sou eu, a idiota destinada a ter um feliz pra sempre contigo. E quem sabe, tenhamos muita diversão nesse meio tempo. Não vamos prometer, nem nos enganar. Vamos só esperar passar o tempo. Quem sabe, eu te esqueça daqui pra lá.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Desabafos



Agora me dei conta da grande mágoa que tenho. Histórias de amor alheia me ferem tão brutalmente que só de espiar, a depressão me acolhe. Eles não entendem como não ter fatos engraçados pra contar, defeitos pra me queixar, o abraço reconfortante, o sexo gostoso num dia extressante.

Só me resta, a meu último suspiro: sonhar, desejar, iludir. Decepções tão constantes e corriqueiras como o próprio abrir/fechar das pálpebras. Chega a ser insano cair naquele velho golpe tantas vezes, chega a ser cruel. Tonta eu, que se entrega pra qualquer alma errante atrás de um conforto instântaneo, momentâneo.

Não, eu não consigo ser totalmente insensível. Vez ou outra, inevitavelmente, eu me abro, me revelo. Como tantos outros, não perduram. Aprendi sim, a me tornar uma estação, a não sofrer na partida de mais um bonde.
Mas sabe, as vezes é porque eu não consigo ser só insensível.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Besteiras

Segurei firme, mesmo. Calada, na minha, figindo não me abalar. É o que eu faço, o tempo todo, simulando para enganar que esta tudo bem. Mas não esta.
Viver de aparências é normal, e essencial. Mas até que ponto eu tenho que me consumir, esmagar meus sentimentos e torcer pra que, mais uma vez, não vão se mostrar.

Ah besteira minha, achar que todo mundo é compreensível. Ninguém perdoa, não tem dó. Antes você do que eu.
E quer saber? Mais uma vez não me importei, nem me abalei. Foi difícil, consegui de novo, é o que importa.

E as coisas acabam se acertando, voltando ao lugar. Mas eu não esqueço.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Falas #1

Queria poder escrever o quanto meu dia foi interessante, quantas coisas legais aconteceram. Que estou vivendo uma grande paixão, daquelas de fazer tremer, ter pressentimentos sobre tudo, ver beleza até nos meus vizinhos que me ignoram. Que nossa, como estou indo bem nos estudos e tendo só certezas que é isso mesmo o que eu quero da vida.

Queria poder me imaginar daqui 10 anos, sem ter um medo profundo da solidão, do fracasso, da tristeza. Pode ser mesmo que eu me preocupe demais com o futuro, mas é o que a gente faz quando não tem nada melhor pra fazer no presente. Queria ser mais culta e me interessar em poemas, matemática quântica ou sei lá, romances bestas. Mas sacoméné, prefiro o ócio.

Fazendo aquelas mesmas promessas bestas, escrevendo pra tentar me encontrar, jurando que segunda eu começo o regime. Eu realmente espero que isso acontença antes de ter passado tempo demais. Até lá, vamos rir, quebrar a cara, bancar os nostálgicos, porque já dizia a canção, "sexo também é bom negócio, o melhor da vida é isso e ócio''.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Rumores


E quem esperaria isso de mim? Logo eu, a pobre coitada.
Meu potencial pode ser pouco, mas é bem usado. Mas ninguém liga pra isso, né verdade. Só vão estar lá, pra pisar se eu cair. Porque de mim, só o fracasso é bem sucedido.

Não puxei mesmo o sangue da família. Não sou política. Não sei simpatizar, forçar o sorriso, pegar na mão de gente que nem conheço e perguntar da família. Isso não é coisa que se aprende.
Mas isso vocês já perceberam, eu nunca tive momentos importantes, coisas a se orgulhar. Sou eu e a minha eventual derrota.

Vivendo apática, cheia esperanças, sem glórias. Coadjuvante de tudo, de todos. Precisar tanto de atenção, e não merecer. Olhar pro passado e ter certeza que nunca houve nada demais, só mais um na multidão espremido.

Mess

É estranho, se pressionar tanto, o tempo todo, pra ser melhor, conseguir mais. Ficar sempre se comparando, exigindo mais de si. Esperar sempre dos outros o erro, mas eu não deveria, não podia, não queria. Se martizar por ações bobas, o mundo pode errar, mas êpa, eu não posso.Tudo é um aprendizado, dá próxima eu faço direito.

Tentar se autoprovar que é especial, que tem mesmo algo de bom diferente de todos. Critícas embasadas em todo tipo de pensamento, se obrigar a ter uma opinião sobre tudo. Não enxegar qualidades, somente defeitos a serem concertados. Sendo tão unilateral a ponto de sacrificar.

Considerar menor que todo mundo, a grama do vizinho tem que ser necessariamente mais verde. Não conseguir ser igual. Provar ter um futuro brilhante, mesmo batendo contra a corrente, pegando o caminho errado, sendo a caça, e não o caçador. Ser tão bagunçado que nem reconhece o que é, na verdade.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

maybe this time.

E eu estou correndo o risco. Estou pronta pras consequencias, sejam elas quais forem. Estou pronta pra quebrar a cara, decepcionar mais uma vez, lidar com a perda. Fiquei no ponto, ou vai ou racha, agora ou nunca. Milhões de dúvidas, uma solução.

Tantos erros que a gente se priva de tentar, cometer mais alguns em esperanças ilusórias. Vai lá, o ditado diz que o importante é chegar no final, independente da pontuação. E vamos organizar a torcida, preparar a maratona, se alongar. Tudo pra nosso saldo ser positivo dessa vez.

Como diz Liza Minelli ao Cabaret, em "Maybe This Time''.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

solidários, não solitários.

Pessoas são complicadas, interações são difíceis. E que raiva isso de ser sociável. É tão melhor ser individual, tudo você, somente você. Não há dependência de alguém e tudo remete a si, sendo o centro das atenções.

Coisa chata ser carente, precisar do outro. Porque carinho é tão bom? Pegar na mão, fazer cafuné, sentir o corpo quente, coração batendo. Era tão mais fácil eu só, com minhas próprias emoções radiantes, capaz de suprir meus próprios desejos, prazeres e necessidades.

Assuma, você só pode contar consigo mesmo no fim das contas, e é seu melhor amigo. E mesmo assumindo, ainda vai sentir falta do tapa, da discussão, das brigas. Qualquer ato que envolva mais de uma pessoa.

terça-feira, 5 de abril de 2011

não vem com esse papo.

Fdp quem tenta se matar. Fdp sim, não vem com história que a vida tá difícil ou que eu não compreendo. É, eu não posso entender mesmo como alguém que tem um milhão de oportunidades pode se entregar tão fácil, tão covardemente. Todo mundo tem problema, todo mundo tem. E a vida é isso, é superar, é ultrapassar os obstáculos.

Tanta gente boa que acabou morrendo, tanta gente cheia de vida que por alguma filhadaputice não pode seguir. Vem você me dizer que não quer viver? Ah, vsf. E bem longe de mim. Ninguém entende como isso é egoísta? Como vai ficar a família de alguém assim? Pai, mãe, irmão não vai levar a vida numa boa, não levaria quando não foi por vontade própria, imagina porque você não quis mais. Porque você foi fraco.

Not for death.



Odeio esse papo. E não, eu nunca pensei em matar. E sim, eu já tive um bilhão de problemas. Mas pra que fraquejar? Procura um bar quando tudo tiver mais difícil, chama os amigos, distrái. Eu tenho certeza que eles vão tá lá. A vida nunca é do jeito que a gente quer, e sei lá, você já devia se acostumado com isso. Eu já me acostumei. E não dói nada alguns imprevistos no percurso. É até mais legal não saber o final.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

just do it.

Ando cansada, confusa, atordoada.
Eu sinto que não me encaixo em nada, em ninguém. Desiludida dessa vida que me leva, e deixa bem claro que não há tempo pra respirar. Sem chão, sem interesse.
Não há lógica, nem vontade. Só sobrevivência, dia-após-dia, hora-após-hora.
Why so serious?