quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Celebrar



Ao ponto que cheguei, qualquer bala é chocolate. Tudo eu comemoro fervorosamente. Porque? A vida é tão a mesma, tão previsível, que uma possibilidadezinha que aparece, vitória! Antes me revoltava essa questão de ter contatos, sobrenome. Eu não tenho e por isso geralmente é não na minha cara. Mas nunca é tarde pra acumular amizades.
Já dizia a tia do bar da faculdade, quem bebe e faz amigos tem mais chances de se dar bem contra quem estuda. E é até verdade. Quem estuda precisa mostrar que sabe, se esforçar, batalhar. Quem tem nome, precisa saber qual a sala vai trabalhar. Coisas da vida. Mas hoje em dia eu prefiro me focar na luta, mesmo que perca no final. É tudo que eu posso fazer.
Não vou me prostituir, chantagear (até porque não tenho nada pobre contra ninguém, sou loser) ou me servir de corrupta. Acho que quem começa errado, termina errado. Se dá mal em algum momento da vida por consequencias dos atos. Então, sou medrosa e assustada, prefiro agir certo. Claro que sou brasileira, e o menos errado a gente dá um jeitinho de virar certo.
Mas voltando ao caso, consegui uma proposta de emprego hoje. Só. Uma possilibidade. Uma faísca que provavelmente se desfaça. Mas eu consegui. Sensação de a vida estar começando. Um talvez é milhares de vezes melhor que um não. Uma força, uma chance. Valeu a pena insistir, mesmo achando que não ia dar em nada. E talvez não dê. Talvez.

Um comentário:

se deram ao trabalho de ler