quinta-feira, 28 de abril de 2011

Falas #1

Queria poder escrever o quanto meu dia foi interessante, quantas coisas legais aconteceram. Que estou vivendo uma grande paixão, daquelas de fazer tremer, ter pressentimentos sobre tudo, ver beleza até nos meus vizinhos que me ignoram. Que nossa, como estou indo bem nos estudos e tendo só certezas que é isso mesmo o que eu quero da vida.

Queria poder me imaginar daqui 10 anos, sem ter um medo profundo da solidão, do fracasso, da tristeza. Pode ser mesmo que eu me preocupe demais com o futuro, mas é o que a gente faz quando não tem nada melhor pra fazer no presente. Queria ser mais culta e me interessar em poemas, matemática quântica ou sei lá, romances bestas. Mas sacoméné, prefiro o ócio.

Fazendo aquelas mesmas promessas bestas, escrevendo pra tentar me encontrar, jurando que segunda eu começo o regime. Eu realmente espero que isso acontença antes de ter passado tempo demais. Até lá, vamos rir, quebrar a cara, bancar os nostálgicos, porque já dizia a canção, "sexo também é bom negócio, o melhor da vida é isso e ócio''.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Rumores


E quem esperaria isso de mim? Logo eu, a pobre coitada.
Meu potencial pode ser pouco, mas é bem usado. Mas ninguém liga pra isso, né verdade. Só vão estar lá, pra pisar se eu cair. Porque de mim, só o fracasso é bem sucedido.

Não puxei mesmo o sangue da família. Não sou política. Não sei simpatizar, forçar o sorriso, pegar na mão de gente que nem conheço e perguntar da família. Isso não é coisa que se aprende.
Mas isso vocês já perceberam, eu nunca tive momentos importantes, coisas a se orgulhar. Sou eu e a minha eventual derrota.

Vivendo apática, cheia esperanças, sem glórias. Coadjuvante de tudo, de todos. Precisar tanto de atenção, e não merecer. Olhar pro passado e ter certeza que nunca houve nada demais, só mais um na multidão espremido.

Mess

É estranho, se pressionar tanto, o tempo todo, pra ser melhor, conseguir mais. Ficar sempre se comparando, exigindo mais de si. Esperar sempre dos outros o erro, mas eu não deveria, não podia, não queria. Se martizar por ações bobas, o mundo pode errar, mas êpa, eu não posso.Tudo é um aprendizado, dá próxima eu faço direito.

Tentar se autoprovar que é especial, que tem mesmo algo de bom diferente de todos. Critícas embasadas em todo tipo de pensamento, se obrigar a ter uma opinião sobre tudo. Não enxegar qualidades, somente defeitos a serem concertados. Sendo tão unilateral a ponto de sacrificar.

Considerar menor que todo mundo, a grama do vizinho tem que ser necessariamente mais verde. Não conseguir ser igual. Provar ter um futuro brilhante, mesmo batendo contra a corrente, pegando o caminho errado, sendo a caça, e não o caçador. Ser tão bagunçado que nem reconhece o que é, na verdade.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

maybe this time.

E eu estou correndo o risco. Estou pronta pras consequencias, sejam elas quais forem. Estou pronta pra quebrar a cara, decepcionar mais uma vez, lidar com a perda. Fiquei no ponto, ou vai ou racha, agora ou nunca. Milhões de dúvidas, uma solução.

Tantos erros que a gente se priva de tentar, cometer mais alguns em esperanças ilusórias. Vai lá, o ditado diz que o importante é chegar no final, independente da pontuação. E vamos organizar a torcida, preparar a maratona, se alongar. Tudo pra nosso saldo ser positivo dessa vez.

Como diz Liza Minelli ao Cabaret, em "Maybe This Time''.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

solidários, não solitários.

Pessoas são complicadas, interações são difíceis. E que raiva isso de ser sociável. É tão melhor ser individual, tudo você, somente você. Não há dependência de alguém e tudo remete a si, sendo o centro das atenções.

Coisa chata ser carente, precisar do outro. Porque carinho é tão bom? Pegar na mão, fazer cafuné, sentir o corpo quente, coração batendo. Era tão mais fácil eu só, com minhas próprias emoções radiantes, capaz de suprir meus próprios desejos, prazeres e necessidades.

Assuma, você só pode contar consigo mesmo no fim das contas, e é seu melhor amigo. E mesmo assumindo, ainda vai sentir falta do tapa, da discussão, das brigas. Qualquer ato que envolva mais de uma pessoa.

terça-feira, 5 de abril de 2011

não vem com esse papo.

Fdp quem tenta se matar. Fdp sim, não vem com história que a vida tá difícil ou que eu não compreendo. É, eu não posso entender mesmo como alguém que tem um milhão de oportunidades pode se entregar tão fácil, tão covardemente. Todo mundo tem problema, todo mundo tem. E a vida é isso, é superar, é ultrapassar os obstáculos.

Tanta gente boa que acabou morrendo, tanta gente cheia de vida que por alguma filhadaputice não pode seguir. Vem você me dizer que não quer viver? Ah, vsf. E bem longe de mim. Ninguém entende como isso é egoísta? Como vai ficar a família de alguém assim? Pai, mãe, irmão não vai levar a vida numa boa, não levaria quando não foi por vontade própria, imagina porque você não quis mais. Porque você foi fraco.

Not for death.



Odeio esse papo. E não, eu nunca pensei em matar. E sim, eu já tive um bilhão de problemas. Mas pra que fraquejar? Procura um bar quando tudo tiver mais difícil, chama os amigos, distrái. Eu tenho certeza que eles vão tá lá. A vida nunca é do jeito que a gente quer, e sei lá, você já devia se acostumado com isso. Eu já me acostumei. E não dói nada alguns imprevistos no percurso. É até mais legal não saber o final.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

just do it.

Ando cansada, confusa, atordoada.
Eu sinto que não me encaixo em nada, em ninguém. Desiludida dessa vida que me leva, e deixa bem claro que não há tempo pra respirar. Sem chão, sem interesse.
Não há lógica, nem vontade. Só sobrevivência, dia-após-dia, hora-após-hora.
Why so serious?

domingo, 3 de abril de 2011

gradecida.

Eu sou bruta demais, e daí. Quer que eu admita? Pois tá ai. Não vou mudar, não vou deixar pra depois. É assim, questão de agir naturalmente. Não forço nada, nem ninguém. Não gosto de gente melosa demais, nada contra, mas que fique longe de mim, ou se controle quando tiver do meu lado. Costuma me dar náuseas.

Mas eu respeito, é o seu jeito. Espero o mesmo, só isso. Não te obrigo a me aturar ou me aceitar, só me respeite. Não sou simpática, nem carinhosa. Não demonstro carinho em público. Continuo achando que minhas emoções são só minhas, de mais ninguém. E sim, sou realmente muito bruta.

As vezes, é até involuntário, quando me dei conta, já falei. Gente sincera tem esse defeito. Mas relevar vai de cada um. Meus amigos me entendem, sabem como eu sou. E o máximo que eu posso fazer, é não falar. Mas por favor, p-o-r-f-a-v-o-r, não força a barra tá? Pois eu falo mesmo, não deixo pra lá.
E se você me odiar pra sempre e falar de mim pro mundo todo? Problema seu.