terça-feira, 28 de junho de 2011

Falas #5

Nunca tinha conhecido nada parecido. Eu sempre consigo me misturar. Sou assim, alegre. Mas ali, não entro. Como se fechassem a porta da minha cara e eu só pudesse ter o buraco da fechadura como acesso. Meio que me revoltava no começo, porque né, sou uma engraçada e blá blá blá. Deixei pra lá. Não vale o sacrifício. Não sou uma mente tão superior quanto. Beleza.
Como já diria Chico, ''estou me guardando pra quando o carnaval chegar.''

domingo, 26 de junho de 2011

P2

Mas olha, que realmente o interessante é você se aventurar. Ir na louca. E nesse aspecto eu sempre tive muita coragem. Vai no impulso, que não resta muito tempo pra pensar. Quando você vê, já tá lá. E te asseguro, como nunca houve arrependimentos acerca. Só lembraças gostosas, nostalgia serena. Até dos maiores programas de índio, mas o que motivou, era sim um bom momento.

Mas vá lá, coragem é pra poucos, burrice não é pra todo mundo, e loucura? Ah, essa daí só exclusivos. E como foi irresponsável, louco, impensado e inesquecível! Um salva pra todos as amizades descobertas, eternizadas. Pra todo o desejo de estar lá, e sorrir naquela chuva, cantando minha música preferida de Validuaté, pensando ''puta que pariu''.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Embalagens


Não tinha idéia de como essa história de reputação ia me afetar um dia. Nunca prestei atenção nisso. Mas quando acontece, você ''an?''. Não tiro os motivos, que é isso. Cada um é aquilo que pratica, não é mesmo? Mas pessoas mudam. Atitudes não são as mesmas. Experiência vem no dia-a-dia, e ninguém pensa o mesmo de ontem.

Sinto muito por pessoas assim, levarem por falas alheias. Sinto muitíssimo. Não que não escute, mas só isso determinar alguma situação na sua vida, é deprimente. Quebrar a cara por si próprio é aprendizado, ouvir dos outros é ser maria-vai-com-as-outras. Mas é de cada um pra cada um. De personalidade pra personalidade.

E todo mundo faz besteira, é um erro universal. Não é ação passada que faz o ser humano, é o agora. Você não vai ser julgado por que ouviu e deixou pra lá, vai ser julgado porque julgou sem conhecer. Pré-conceito. Mas deixaremos pra lá, que nunca fez isso antes? Pretensão minha jogar a pedra como se nunca tivesse errado. Errei, muito. E continuarei errando. Não os mesmos, porque estão ai pra fazer a gente acertar. Ou tentar.

Deixa ir

Acredito muito nessa história de destino. Pode me achar iludida com vida, mas é melhor passar por ela assim. Achando que sua vida de merda tem algum propósito. Pois bem, sou solidária ao ''tudo acontece por um motivo''. Melhora o ânimo, a agonia, o vazio. Vai entender. E qualquer um tem o direito de pensar o que quiser, não esqueça disso.
Sabe aquela hora que você vacila legal? O destino salva. É desculpinha barata mesmo, mas funciona. Eu reflito e penso ''era pra ser''. Seguimos sem muitos destroços.


domingo, 12 de junho de 2011

Falas #4

Não sei, mas é aquela matemática, você recebe o que dá. Pode até não acreditar nisso, mas vai acabar acreditando. E sei lá se a gente não é parte de algo maior, ou tem um destino já traçado, pelo menos, eu gostaria que fosse. Nos tornar menos soltos, vazios, indivíduos, nos tornar coletivos.

Já parei tanto pra pensar na minha existência. No que estou levando. Me sinto um nada, cada vez mais, um incapaz, de fazer algo, de melhorar, de ajudar alguém. Não vejo futuro, e me aterrorizo. Minhas convivências só corraboram isso. É uma pena, podia ter mais confiança.

Enfim, estou cansada de tentar provar que sou melhor, que sou esperta, ou qualquer coisa que você espera que eu seja. Não sou. E é com isso que temos que lidar. É isso que eu sou. Cansei, e já estou cansada faz algum tempo. Sinto muito por não ser metade do esperado, mas não posso mais conviver com uma sina de ser alguém que não reconheço.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

"Parente é serpente"

É até compreensível a reclamação, a chatiação. Mas essa falta de caráter? Dissimulado perde feio. Não esperava por isso, não esperava mesmo. Fiquei em choque, e sei lá, ressentida. Eu pensei que tudo tinha mudado, que vocês tivessem amadurecido. Ou até mesmo relevado, sabem que eu sou assim. Mas foi pior, só fingimento. Falta de ética, moral.

Até compreendo minha mãe, ela tem a obrigação de brigar comigo. Não gostei foi dos motivos. Ah, porque eles não fazem, eu tinha a obrigação de não fazer. Sabe, comparação? E ai, doeu. Tudo bem, se eles também ficassem. O problema foi só esse. E foi um alarde. Foi uma reação em cadeia, jogando tudo na minha cara, como se a minha qualidade fosse errar. Imagina os defeitos.

Detestável. Fui até tentar resolver a situação, mas o choque foi tão grande, que a idiota só conseguiu chorar. Fazer o que? Problema é que caíram imensamente no meu conceito, agora são nada. Nada pra contar, nada pra me orgulhar. Isso vinha fazendo tempos... e eu nem desconfiei, ao contrário, achei que tava tudo bem. Mas uma vez, a iludida acordou do sonho. Só que dessa vez, relevar não vai acontecer. Já deu.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Choros e risos

Doeu, como se eu tivesse acabado de perder alguém. E de certa forma, perdi. Doeu tanto, e tão intensamente, que me vi ali escutando Adele, sozinha no escuro, fazendo lágrimas brotarem. E ri. Quando me dei conta, sorri escandalosamente. Até o mais loucos me achariam insana. Só conseguia pensar em três palavras ''eu sou real''. Nunca antes sofrido por ninguém, sendo irrelevante qualquer ato envolvido por romance, amor, paixão. Não dava certo, eu pensava, vamos pra próxima. Assim, sem dor, sem importância. Entende agora a profundidade do acontecimento? Logo eu, que não por querer, involuntariamente, não sofria, não chorava, não ligava. Eu, que nunca fui longe demais, nunca falei eu te amo, nunca chorei por tristeza. Estava ali, em um dos momentos mais importantes, sem me dá conta. E ri, porque felizmente, eu sei sentir alguma coisa.

sábado, 4 de junho de 2011

Falas #3

Eu me afogo tão intensamente, choro, perco o sono, xingo a vida, entro em colapso, por motivos banais. E logo em seguida, entro em estado de graça. vejo mil motivos para se erguer, me encorajo, me fortaleço, por qualquer trombada.

Relevar é incrivelmente citado nos meus contextos. Não me levo a sério, e acho mesmo que não deveria. Sou uma piada latente, uma ambição generosa, um circo apenas de palhaços. Sei lá se não é bom ser assim, se é preciso endurecer um pouco, não sorrir na hora de falar sério. É o meu jeito de levar, minimizar os efeitos.

"E quem irá dizer que não existe razão?''