sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O lado bom da dor



Ao passo da superação de toda dor e sofrimento, o dia abriu com uma luz leve e clara. O riso é frouxo, a conversa fácil. Me perdoei pelas mágoas, por não ter conseguido, pela inocência. Depois de ler 293489293 textos acerca do amor e suas dolorosas consequências (e uma teoria polêmica dos três meses), me vi feliz.
Sim, estou feliz, porque depois da tempestade e da perda, vi que ainda sou eu. Não aquela egoísta, paranoica, estressada. Aquela legal, do começo da faculdade, que topa tudo, que ri de tudo, que vê coisa boa em tudo. Eu, que acho graça das simplicidades, que fortaleço nas adversidades.
Percebi que me perdi nesse amor porque amei por dois. Me perdi, pois devia ter te soltado a muito tempo atrás. Amor unilateral não é amor. Mas quem me culpa por ter tentado até o final? Eu não.
Não me culpo mais por nada. Me perdoei das discórdias e das glórias. Estou limpa do pecado natural e da consciência pesada. Rio com leveza agora, poque o riso é verdadeiro. Ah, como é bom achar graça do que a vida propõe.
Sabe o que aconteceu mesmo? É que ao separar de dois, eu fiquei com a melhor parte. EU. Não é distorção de superioridade ou clichê de facebook. Não. Eu simplesmente vi que me amo mais do que a você. Vi que, para mim, sou mais importante. E isso basta.
Agora saio, bebo e danço do meu jeito. Vou a lugares que gosto por gostar, e não para tirar da rotina. Assisto meus filmes de mulherzinha porque gosto deles, e não pra tirar da rotina. Enfim, eu comecei a viver por mim. E qual sentido da vida, se não for pra ser feliz?!
Minha mãe reclama que eu ando saindo demais, bebendo demais, mas o que se fazer quando todo mundo quer ter você como companhia agora?!
Como falei em um texto anterior, precisei te perder pra me encontrar. E acabei encontrando a felicidade, a alegria de viver, a risada frouxa. Bom negócio né? Troquei um por 4. Ou vários. O carnaval já passou, mas a vida ainda tem muito a surpreender.