sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ah, o ócio


Olá, férias. Realmente, você disse que eu iria sentir falta. Tanto tempo preenchido, tanto a se fazer, que coisa chata! Se contentar com solitários domingos para ibernar, e só. Quantas vezes ter de levantar sem forças, estudar com sono, faltar festa pra não faltar aula?

Que bom será dormir pela manhã, acordar pela noite. Não ter nada a se prender, se pressionar, ser disponível, tão somente. E morrer de tédio, ah que maravilha. É bem verdade, que depois torço pro trabalho voltar, pra chatisse tomar seu lugar, mas somente pra te dá mais valor, mais e mais.

Anatomia da loucura.


Que falta me faz você, Meridith Grey. Seu trabalho escravo, que te faz tão feliz. Sua problemática/resolvida vida amorosa. As piadas, confusões e situações absurdas tão cotidianas. As armações, fingimentos, falsidades com tantas boas intenções, e outras nem tantas.
Sinto falta do casal gay mais perfeito, da neném mais fofa com 3 pais, da antendente compreensiva tão nazista, do durão com coração mole, da deusa da cardio, da mini que virou gente grande, do chefe louco, dos maridos perfeitos. Sem esquecer a modelo hardcore, o melhor 171, a obstetra insubistituível.
É assim, cada novo episódio, ansiedade, suspense, paixão. Cada final de temporada, só resta um vazio, algo faltando. Esperar seis meses pra conviver suas rotinas loucas, é um mal necessário. Quem acreditaria que me apaixonei tanto por você, ein?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Impossibilidades

Milhares de idéias me vem a mente, mas eu quero esquecer. Quero acordar, tentar levar, enxergar o que me é dado. Me forço mesmo, pra não acabar mal. Fazer o menos pior. Não me indicar ao maior dos meus medos, arrependimento.

Vinte anos não é idade de relevar as inconstâncias, iresponsabilidades. Já foi tempo de não lidar com as consequencias, correr pra baixo do chapéu do pai. Eu também dou o meu jeito. E sou boa nisso, mesmo com perdas, danos, privações. Sei levantar, até sem orgulho.

E desejo que assim seja. Quem se prepara para o pior, acaba surpreendido.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Falas #2

Recorrer a tudo que sei não adiantaria muito, afinal não sei quase nada. Não me interesso, não sobressaio, não crio. Não me desagrada ser assim, sem muito a oferecer. Talvez, haja alguns poucos que não sejam bons em nada.
Não é triste. Tristeza se relaciona com infelicidade. Consigo ser muito feliz, as vezes. Ser eufórica, estonteante, eletrizante. Como qualquer um, em qualquer lugar. Dependendo apenas de acontecimentos inesperados. Sem planejamentos, sem expectativas.

sábado, 7 de maio de 2011

Afinal de contas.

Queria poder dizer que eu acabei gostando de você, no final das contas. E sinceramente, era inevitável. Você, tudo que eu sempre procurei, ali na minha frente. Parecia presente divino ou começo de sorte, depois de muito tempo. Parecia que finalmente eu tinha me tornado especial.
Mas a vida não é assim, é? Você não poderia estar sentindo o mesmo, olhando com o mesmo brilho, sorrindo da mesma forma besta. E dói. Dói de uma forma que nunca doeu, que nunca bateu. Nem eu sei distinguir se é bom ou ruim... Só tá lá, subentendido, pra quando você me olhar do jeito que eu olho pra você.
Realmente, eu imaginava mais. Logo nunca deu certo com ninguém, esperava que, se fosse assim, era pra valer. Vida cruel, bandida e infeliz. E nunca fui do tipo pular da ponte, cortar os pulsos. Mas sou de sofrer escondida. Fingir estar tudo bem você sair com outras.
Ainda espero que você caia na real e veja que sou quem sempre esperou. Sou eu, a idiota destinada a ter um feliz pra sempre contigo. E quem sabe, tenhamos muita diversão nesse meio tempo. Não vamos prometer, nem nos enganar. Vamos só esperar passar o tempo. Quem sabe, eu te esqueça daqui pra lá.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Desabafos



Agora me dei conta da grande mágoa que tenho. Histórias de amor alheia me ferem tão brutalmente que só de espiar, a depressão me acolhe. Eles não entendem como não ter fatos engraçados pra contar, defeitos pra me queixar, o abraço reconfortante, o sexo gostoso num dia extressante.

Só me resta, a meu último suspiro: sonhar, desejar, iludir. Decepções tão constantes e corriqueiras como o próprio abrir/fechar das pálpebras. Chega a ser insano cair naquele velho golpe tantas vezes, chega a ser cruel. Tonta eu, que se entrega pra qualquer alma errante atrás de um conforto instântaneo, momentâneo.

Não, eu não consigo ser totalmente insensível. Vez ou outra, inevitavelmente, eu me abro, me revelo. Como tantos outros, não perduram. Aprendi sim, a me tornar uma estação, a não sofrer na partida de mais um bonde.
Mas sabe, as vezes é porque eu não consigo ser só insensível.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Besteiras

Segurei firme, mesmo. Calada, na minha, figindo não me abalar. É o que eu faço, o tempo todo, simulando para enganar que esta tudo bem. Mas não esta.
Viver de aparências é normal, e essencial. Mas até que ponto eu tenho que me consumir, esmagar meus sentimentos e torcer pra que, mais uma vez, não vão se mostrar.

Ah besteira minha, achar que todo mundo é compreensível. Ninguém perdoa, não tem dó. Antes você do que eu.
E quer saber? Mais uma vez não me importei, nem me abalei. Foi difícil, consegui de novo, é o que importa.

E as coisas acabam se acertando, voltando ao lugar. Mas eu não esqueço.