sábado, 5 de novembro de 2011

Diário


Embalada pelo som dançante da boite num sábado à noite, estou eu em casa. Assim, quieta, calada, serena. Não invejo, sabe? Aposto, e sei que ganho, que estão tendo uma noite mil vezes melhor que a minha. Meu auge é juntar na janela pra ouvir a vizinha do 5° andar brigar com o namorado na varanda, mais uma vez. E dá pra rir, viu, não se engane. Mas é meio deprimente. Pra ela. Estou bem contente na situação que me encontro.
Fico aqui ao computador falando besteira, sorrindo com a vizinha e as vezes arrisco uma dancinha junto com a balada gay. Porque gay sim sabe tocar música eletrônica, festa hetero só toca porcaria. Mas vamos lá, o objetivo disso tudo é mostrar que não é mortal como um dia cheguei a pensar. Sábado em casa as vezes é preciso. Eu sei que ando exagerando de tanto que estou me escondendo do mundo, mas é cool.
Sexta você curte, sábado você recupera. Coisa de gente velha mesmo. Idade chegando. Mas isso é só pros filhos saberem, e me terem como exemplo. As sextas ficam pros netos.

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se deram ao trabalho de ler