quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Penso, logo desisto

Sentimento ruim esse de ser deixada pra trás, o último a saber. Ver que todo mundo tá levando a vida, e você... opa, qual o sentido da vida? É, besteiras desse tipo. Quem me dera ser do tipo de escrever textos sobre amor, sexo, arte. Porém meu dilema, e minha destruição até, se resume ao que diabos eu estou fazendo aqui. Pelo meu ver, nada.
Vim sem querer, fico por consideração... mas desejo, paixão, queria tanto. Me sensibilizar com as coisas, com o mundo. Sou racional demais pra isso. Vejo primeiro os prós e os contras, e não movo um passo sem ter certeza, ou pelo menos quase. E como é ruim ter que se decepcionar depois. Uma vida entendiante de uma pessoa entediada que não quer que as coisas mudem, mas precisa. Desesperadamente.
Conversar mais, entender mais, complicar menos. Seria tão fácil se não fosse teoria. Chegar aos 20 e ter medo da vida, do futuro, da morte, dos caminhos de Deus. Ficar estagnada porque o risco é grande demais. Tem uma família toda contando comigo, eu tenho que ao menos não ferrar com tudo. Não magoar o mundo.
Olhar de depressão e tristeza, as vezes sim. Mas ninguém é sempre feliz. No entanto, esse de vez em quando me incomoda mais que um nunca. Porque este é migalha, mendicância. É o motivo medíocre de aguentar a vida como ela é, porque as vezes. Não posso ser assim, ou é tudo ou é nada.
Revolto, apenas, comigo mesma. A grande covarde que me tornei. De como as experiências ruins me moldaram perfeitamente. Não tive personalidade de superar, de me negar aos acontecimentos. Aceitei, consenti e calei. Como vivi esse tempo todo, apenas uma escrava do possível talvez.

Um comentário:

se deram ao trabalho de ler