sábado, 26 de janeiro de 2013

"Sou"

- Sempre sou. Sempre sua. -
Não te sinto mais. Talvez, porque também não me sinto mais a algum tempo. Ando solta, confusa, atordoada. Não me sinto Lituania. Me sinto outra coisa, outra pessoa. Será capaz trocar de alma ainda vivo? Ou será que ela só foi tomar um fôlego e já volta?
Não sei, mas me perder, fez eu perder teus sorrisos, tuas pertubações, teus passos. Ah, como sinto saudade daquele tempo, daquele momento em que eu parecia ser mesmo a tua felicidade, o teu tesão, a tua safadeza. Quem dera voltar ao tempo e me repetir várias vezes nos momentos alegres que tivemos.
Sempre me lembro de algo que você me falou nas nossas inúmeras brigas recentes. Quando você, me vendo chorar dos seus vacilos, me perguntou ''Você é pelo menos feliz comigo?". E eu, na minha memória recente de discussões, falei ''as vezes''. E quando te perguntei de volta, você, sem nem ao menos relutar, respondeu ''É claro que eu sou''. Não sei como alguém é feliz comigo. Eu não sou feliz comigo, como alguém poderia ser?
E desde, então, não esqueço, nem um segundo dessa frase. Da sua certeza. Queria ter essa confiança de volta alguma dia. Em um momento que eu não ache que sou um fracasso inevitável e só trago mal aos outros. Quando, talvez, eu parar de falar tanta coisa desnecessária e me calar mais. Em um dia que eu consiga ler seu olhar, em vez de te fazer tantas perguntas para entendê-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

se deram ao trabalho de ler